quarta-feira, 11 de dezembro de 2013





Neste sábado, dia 07/12/2013, foi realizada a última oficina da 1ª temporada Vivências do Balé. Um trabalho com dinâmicas de interação entre os mitos Yorubanos referentes às Iyabás – Orixás femininas cultuadas no Brasil - e suas semelhanças com ações cotidianas, propondo analisar aspectos políticos, sociais e culturais das mulheres no nosso dia-a-dia. Entre diálogos, trocas e experiências, traremos também para o corpo, uma possível interpretação para a gestualidade mitológica das Iyabás, compreendendo como se estabelece a manifestação dessas Orixás na terra, através da dança. A partir dos cinco temas: A criação do Mundo, A criação da Humanidade, Ser Mulher, Maternidade e Sexualidade, As Mulheres na Morte a atividade se desenvolveu no sentido de refletir e dialogar sobre o protagonismo da mulher, diante de sua luta, avanços e desafios diários, ao longo de nossa trajetória histórica. A avaliação do Grupo Cultural Balé das Iyabas, idealizadoras do projeto, juntamente com as participantes das oficinas foi pra lá de positiva, indicando a necessidade de continuidade desse trabalho, uma vez que

se constituiu nesse período, um espaço de reflexões e debates a cerca das questões feministas e de gênero vislumbramdo-se a possibilidade de se construir um "lugar seguro" como diz nossa companheira feminista Jelena Djordjevic, para mulheres se reunirem trocarem experiencias e se apoiarem, no intuito de se fortaleceram para os desafios cotidianos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013


TOM OGBOM -A História da Princesa Alafia e seu príncipe - Um Projeto que trabalha contos afro brasileiros que busca elevar a autoestima de crianças e adultos afro-brasileiros através da literatura; da recriação da imagem lúdica das princesas e príncipes; do incentivo ao convívio/amizade infantil com diferenças culturais e raciais e do contato com história e cultura africana!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ZUMBI DOS PALMARES: UM EXEMPLO DE RESISTÊNCIA



A história do Brasil, desde o início da colonização portuguesa, foi marcada por uma acirrada luta de resistência dos segmentos explorados (indígenas, negros) contra o regime colonial. Nesse sentido cabe destacar o período de 1530/1888, no qual a luta dos escravos negros contra a opressão e exploração tiveram uma grande relevância. De um lado proprietários de terras escravagistas e de outro uma grande massa de escravos. Para enfrentar essa situação os negros escravizados tiveram como principais armas as fugas e a organização de quilombos. A organização dos quilombos foi a principal forma encontrada pelos escravizados para enfrentar as opressões físicas, econômicas, culturais e morais impostas pelos portugueses (classe dominante do período).
Encontramos nos quilombos uma organização econômica, baseada na agricultura de subsistência e uma organização militar complexa, com táticas de guerrilha para enfrentar a coroa portuguesa.
Existiram no Brasil colonial mais de 100 quilombos que se tornaram a principal forma de luta contra o regime colonial explorador. É importante ressaltar que os quilombos representaram os pólos de agregação dos oprimidos pelo antigo sistema reunindo, além dos negros escravizados, índios e brancos pobres.
No processo de resistência contra a opressão e exploração imposta aos escravos negros destaca-se a luta de Zumbi e dos outros combatentes do Quilombo dos Palmares. Estes foram os atores da maior tentativa de constituição de uma formação social negadora do regime colonial baseada na exploração do trabalho escravo. Maior pelo tempo que resiste (1595 – 1695), pelo contingente que abrigou (quase 10 mil quilombolas) e pela área geográfica que abrangeu (Serra da Barriga, atual Estado do Alagoas), local de grandes plantações de cana de açúcar.
Desde os primeiros anos do século XVII, a região nordestina foi palco de lutas de resistências e de fugas de escravos. Porém, foi a partir do início da guerra contra os holandeses (1630 – 1654) que o movimento adquiriu caráter de massa, com a formação de dezenas de mocambos e a constituição do Quilombo dos Palmares. Os negros escravizados aproveitaram bem as contradições e conflitos da classe dominante, o que acarretou um esvaziamento das plantações de açúcar, fato este que causou pânico nos fazendeiros. Os ocupantes fazendeiros enviaram então duas expedições contra Palmares, mas os resultados foram quase nulos.
Palmares era constituído por dezenas de mocambos cada um tinha seu próprio líder. Durante os momentos de perigo se reuniam sob o comando “rei”. O primeiro “rei” foi Ganga Zumba, líder do maior mocambo, o do Macaco, capital de Palmares. Este era protegido por diversas armadilhas mortais, como fojos (buracos cobertos por vegetação no fundo dos quais se armavam paus de ponta), os estrepes (lança de madeira), também escondidas por vegetação. Nos últimos dias havia uma cerca de mais de 5 mil metros.
Em 1678 uma crise econômica impossibilitou o governo colonial manter uma guerra prolongada e custosa contra Palmares. Nesse sentido, o governo tentou buscar uma trégua. Foram oferecidas concessões aos palmarinos, concessões estas que consistiam no direito de os negros escravizados delimitarem um território para viverem em liberdade. Em troca, eles deveriam entregar suas armas e não incentivar mais fugas de escravos. Ganga Zumba defendeu essa proposta. Zumbi não aceitou, e rejeitou a proposta do governador, pois desconfiava do acordo. Depois sua desconfiança se confirma O Conselho Ultramarino,  principal autoridade portuguesa, não admitiu tal proeza, pois era inconciliável para o sistema a existência de um território de negros livres no coração do Brasil.
A guerra recomeça com maior intensidade. O governo então contrata Domingos Jorge Velho. Em 1692, a tropa de Jorge Velho atacou os mocambos, mas foi derrotada. Apenas em 1694, quando receberam reforços, conseguiram realizar o derradeiro ataque a Palmares. Em 5 de fevereiro de 1694, quase  sem munição, Zumbi se retira com sua gente. O mocambo era protegido pelos lados, menos por um que era protegido por um precipício. As tropas inimigas descobriram o precipício e atacaram impiedosamente. Mais de 400 pessoas foram mortas naquela madrugada, a maioria atirada pelo penhasco.
Porém, depois do ataque, Zumbi continuou vivo e comandou um pequeno grupo de homens, mas um de seus homens foi aprisionado e, sob tortura, revelou o esconderijo. Em 20 de novembro de 1695, o grupo foi surpreendido e resistiu bravamente até o último homem. Zumbi estava morto. Seu corpo foi decapitado e sua cabeça espetada na praça principal de Recife.

O Quilombo dos Palmares foi um exemplo histórico de resistência coletiva contra a exploração e opressão racial e de classe. O significado da luta dos quilombolas de Palmares extrapola a questão racial. Naquela luta estiveram reunidos elementos que se contrapunham à ordem escravocrata da época, mas também embriões de uma forma social coletivista, não baseada na exploração do homem pelo homem. Embora os escravos negros constituíssem o principal contingente de lutadores, indígenas e brancos pobres compuseram o quilombo e participaram da resistência.
A experiência de Palmares indica que os explorados e oprimidos são capazes de construir importantes movimentos contra regimes de exploração e opressão. A duração de Palmares e o extremo esforço realizado pelos colonizadores portugueses para a sua destruição dão uma dimensão da capacidade de organização e resistência dos explorados. No mesmo sentido, ensina que estes são capazes de edificar formas de organização nas quais predominem a igualdade e o respeito às diferenças.

Nestes tempos de ataques sem precedentes realizados pelos atuais “senhores escravagistas” contra os trabalhadores, a experiência de Palmares segue como símbolo de luta. Este talvez seja este o seu maior legado e que sirva de exemplo para os atuais explorados e oprimidos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Minha poeta inspiradora...

Elisa Lucinda

Aviso da Lua Que Menstrua
Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
Cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
Às vezes parece erva, parece hera
Cuidado com essa gente que gera
Essa gente que se metamorfoseia
Metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
E ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
Mas é outro lugar, aí é que está:
Cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
Que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
Transforma fato em elemento
A tudo refoga, ferve, frita
Ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
É que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
É que tô falando na "vera"
Conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
Delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
Ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
Já se alcança a "cidade secreta"
A atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
Cai na condição de ser displicente
Diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
Que a mulher extrai filosofando
Cozinhando, costurando e você chega com mão no bolso
Julgando a arte do almoço: eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
Tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
Então esquece de morder devagar
Esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
Chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
Vaca é sua mãe. de leite.
Vaca e galinha...
Ora, não ofende. enaltece, elogia:
Comparando rainha com rainha
Óvulo, ovo e leite
Pensando que está agredindo
Que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

125 anos da dita Abolição



125 de Abolição e ainda é pertinente  a letra do imortal samba enredo - 100 Anos de Liberdade - Realidade Ou Ilusão? –Hoje fiquei pensando na luta contra o racismo em nossa sociedade, cujo objetivo é a superação desse problema que afetou  todos os africanos raptados e trazidos para o Brasil no período colonial e ainda hoje afeta  seus descendentes. Como é dito na famosa frase do mencionado samba - Livre dos açoites da senzala, mas preso na miséria das favelas -   na base da pirâmide econômica, negligenciados no sistema de saúde, os jovens que mais morrem  de violência diariamente estão na faixa etária de 15 a 24 e são em sua maioria homens negros,  menor índice de escolaridade, as mulheres negras tem os piores salários e são expostas a violência moral, física, psicológica... Infelizmente ainda temos que provar que o racismo existe e denunciá-lo mostrando onde ele se esconde, em  frases, olhares, exclusões , silêncios, ausências, ... Esse mal é muitas das vezes  silencioso e sutil, mas quando ficamos atentos, o identificamos a todo momento.O racismo pode ser como um bicho que se esconde atrás de algo, mas deixa o rabo aparecendo, e se o puxarmos o tal rabo vem todo o corpo do bicho, neste momento é preciso estar preparado e tomar cuidado, pois ele quando descoberto, fica furioso e te ataca, te fere, te machuca...

Entretanto,  tivemos muitas vitorias e ainda temos muita luta. Precisamos estar todos unidos nessa causa, apoiarmos de alguma forma todo o tipo de manifestação que se proponha diminuir ou acabar com esse problema. Precisamos apoiar todas as ações nesse sentido, desde as atividades culturais até as políticas de igualdade racial. É preciso estarmos atentos. Entendo que apesar de muitas conquistas, estamos atrasados, ainda há muito o que fazer, é preciso  muita sensibilização  para unidos diminuirmos, ou até mesmo superarmos esse mal.Assim, a luta contra o racismo somado as lutas contra toda forma de opressão, nos fortalecera para caminharmos em prol da igualdade de oportunidades, em prol da verdadeira liberdade...


Sinara Rubia

terça-feira, 7 de maio de 2013

Texto de Paulo Rhasta



Hoje levantei da cama com a sensação de querer fazer algo diferente, com a sensação de querer aprender algo novo. Convidei meu fiel companheiro, o Kaylan , que vem a ser o primogênito da família Silva, chamados por alguns de Rhastinha. Pegamos o trem com destino a central do Brasil, o objetivo era chegar ao bairro do Humaita, zona sul.Pois lá aconteceria uma oficina voltada para “pais e filhos”, chamada TA NA MODA APRENDER: Oficina sustentável de moda infantil com Contação de Historia. Era uma oficina para valorizar a estética e a cultura de crianças e adultos afrobrasleiro com o reaproveitamento e reciclagem de tecidos.
Foi uma experiência incrível, pois os participantes tinham que recontar a historia que tínhamos acabado de ler, motivados pela contação de uma historia linda, a princesa Aliafiá nos trouxe. Só que alem de contar a historia, os grupos tinham que confeccionar os figurinos das personagens ou seus próprios figurino para a apresentação. Foi bacana ver mães, pais e filhos recontando aquelas historias de Reis, Princesas e Mitos africanos com o olhar deles...
Saí de lá com uma vontade comprar todos os livros de contos e de princesas africanas! Mas onde encontrar esses livros? Será que um dia Julia Vidall e Sinara Rúbia encontrarei em banca de jornal , sebos e livraria na mesma proporção que encontramos os contos Gregos, Romanos e Europeus , com suas Clássicas Princesas , Deusas e Guerreiras?



segunda-feira, 6 de maio de 2013

O conto: A Princesa Alafiá



A PRINCESA ALAFIÁ


Era uma vez uma princesa chamada Alafiá ,que morava no reino de Daomé, no continente africano. Certo dia, durante uma festa na cidade da princesa, seu reino foi invadido por homens que possuíam armas de fogo. Apesar de todo povo ter lutado bravamente, não conseguiu resistir muito tempo, pois as armas dos invasores eram mais eficazes que o armamento do reino. A menina, seus pais, que eram rei e rainha da cidade ,e muitos de seus irmãos foram seqüestrados para serem escravizados em uma terra muito distante.

Enfrentaram uma longa viagem marítima, dentro de um grande navio, empilhados como mercadoria, amarrados e espancados. Por causa desses maus tratos, muitos deles morreram. Desembarcaram depois de muito tempo em uma terra bonita, mas não era a África que tanto amavam e onde eram felizes. Nessa terra, Alafiá foi separada de seus pais. Esse momento foi muito triste, ela nunca esqueceu o rosto de sua mãe, a qual  chorava muito, no momento da separação.

Quando a princesa chegou ao lugar chamado fazenda, juntamente com muitos de seus irmãos negros, foi escolhida para fazer companhia para uma menina que todos chamavam de sinhazinha. Sinhazinha tinha pele e olhos claros, cabelos compridos, usava belos sapatos e vestidos, era bela a menina. Alafiá tinha a pele negra como a noite, olhos grandes e escuros, crespos cabelos e era tão linda quanto sinhazinha.

O tempo foi passando, Alafiá aprendeu a língua dos senhores da casa, assim como todos os outros escravizados. Crescia fazendo companhia para a menina e vendo seu povo sofrer de tanto trabalhar, apanhar e receber vários castigos. Ela nunca se conformava com aquela situação e desejava, no fundo de seu coração, que todo aquele sofrimento terminasse, queria, de fato, libertar a todos.

A princesa não se esquecia de sua terra natal. Nunca se esquecia das festas, das brincadeiras com outras crianças, das danças e, principalmente ,do fato de ser uma princesa, uma princesa africana.

Quando Alafiá dizia a alguém que era uma princesa, todos riam e diziam que ela estava maluca, que não passava de uma mucama, além de não se parecer nada com uma. As pessoas diziam isso porque as princesas que conheciam eram sempre de pele e olhos claros, longos cabelos, vestiam-se com belos sapatos e vestidos. Alafiá explicava que ela também era uma princesa e que todos os príncipes, princesas, reis e rainhas da África eram todos lindos e negros como a noite.

Com o passar do tempo, Alafiá tornou-se uma linda mulher e sempre com o mesmo desejo: libertar seu povo. Descobriu que muitos de seus irmãos, não aceitando aquele tipo de vida, fugiam para um lugar chamado Quilombo, onde se refugiavam com outros escravizados que fugiam de outras fazendas. Alafiá procurou saber onde ficava o tal Quilombo e tomou uma séria decisão: que iria ao encontro de seus irmãos negros para lutar contra a escravidão.

Em uma bela noite, tão bela quanto Alafiá, a moça esperou todos dormirem, pulou a janela da grande casa, passou pela senzala onde dormiam os escravos e enfiou-se mata a dentro. Andou durante toda noite; de manhã, parou para comer um pedaço de bolo e beber um pouco de água que levava consigo. Caminhou o dia todo, parou somente duas vezes para se alimentar, pois era muito forte e resistente.

Quando anoitecia novamente, Alafiá ouviu, ao longe, um som de tambores, semelhante ao que ouvia nas festas em sua terra natal e na senzala à noite ,quando o senhor da casa deixava os negros se reunirem. A moça seguiu animadamente a melodia que vinha do alto de uma montanha. Quanto mais ela corria em direção ao som, mais ele aumentava.

De repente, Alafiá chegou a um lugar onde todos dançavam felizes em volta de uma fogueira. No momento em que aquelas pessoas viram a moça, correram ao encontro dela, deram-lhe o que comer e deixaram que ela dormisse o resto da noite, pois estava muito cansada. De manhã , Alafiá contou a todos sua história, tudo que viveu até aquele momento. Passou, daquele dia em diante,a  morar ali e tornou-se muito amiga de todos  e querida por eles.
Um jovem que era líder e guerreiro do Quilombo apaixonou-se por Alafiá, e ela, por ele. Aprendeu a lutar e cavalgar brilhantemente com o rapaz e, cada vez mais apaixonados, casaram-se.

Todas as vezes que os guerreiros iam libertar outros irmãos, ou quando invadiam o Quilombo para tentar exterminá-lo, Alafiá lutava bravamente ao lado de seu esposo e dos outros guerreiros.

Apesar de muita luta e dificuldade, a jovem princesa sentia-se feliz, pois conseguiu levar a vida lutando por aquilo em  que acreditava, além de encontrar um grande amor.

Sinara Rúbia

domingo, 5 de maio de 2013

Combatendo o Racismo com Arte

O conto A Princesa Alafia, foi escrito no momento que percebi a dificuldade de achar  livros com historias de rainhas e princesas negras pra minha filha Sara no ano de 2007... A partir desse momento comecei pesquisar e estudar o assunto, e como resposta a esse problema surgiu a obra. Desde 2008 desenvolvo um trabalho com crianças e também adultos, A Contação  de Historia da Princesa Alafia, juntamente com a oficina de contos afro brasileiros infanto juvenil. Acredito que esse trabalho  contribuir muito no sentido de  sensibilizar as pessoas para essa questão , pois a partir dele começamos desconstruir a hegemonia dos contos de fadas clássicos  europeus, onde somente é trabalhado e valorizado um padrão de beleza, fortalecendo o racismo que já se inicia na vida das crianças, que em sua  maioria possuem somente bonecas brancas, admiram as apresentadoras de programas infantis brancas, não ganham concurso de rainha da primavera ou princesinha,  possuem apelidos que desqualificam sua cor, aprendem a renegar  seus cabelos crespos, incorporam o protótipo de beleza das modelos, brancas, magras....  Quando a sociedade brasileira de fato compreender esse problema começaremos mudar a Historia, pois procuraremos essas obras, e quando nos depararmos com contos africanos e indígenas valorizaremos,compraremos,presentearemos,indicaremos, o teremos em nossas estantes, mas que isso, o
teremos dentro de nós...

terça-feira, 30 de abril de 2013

MODA, RECICLAGEM E CULTURA. 
É DESDE CRIANÇA QUE SE APRENDE. 

Comemorando o dia das mães envolverá mães e filhos em histórias lúdicas com moda. 

A oficina busca elevar a autoestima de crianças e adultos afro-brasileiros através da moda e histórias. Pais e filhos juntos irão rever conceitos da beleza de príncipes e princesas da Disney, verão como é a convivência com diferenças raciais, e receberão dicas de reaproveitamento e reciclagem.

Conteúdo do curso:
* Composição de roupas infantis a partir de retalhos.
* Recriação da imagem lúdica das princesas e príncipes.
* Incentivo ao convívio/amizade infantil com diferenças culturais e raciais.
* Contato com história e cultura africana como experiência literária viva e transformadora.

Turmas:
* Sábado: 4/05
Professora/designer de moda: Sinara Rúbia e Julia Vidal
Horario: 11h
Local: Loja Mutações. Largo dos Leões 81.
Vagas limitadas: mínimo 6 e máximo 12 crianças
Valor: R$80 (inclui mãe e filho) * o valor é por criança acompanhada. No caso da mesma mãe vir com mais de 1 filho, será pago por criança.

Inscrições prévias na loja:
Julia Vidal: R. Visconde de Pirajá 550/407. Ipanema.
Mutações: Largo dos Leões 81. Humaitá.
Via depósito bancário ( Banco Santander ag 3453 / cc01070008-5 / Julia Vidal dos Santos Borges)



               NO PRÓXIMO SÁBADO, 04 DE MAIO DE 2013!INSCRIÇÕES ABERTAS!